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Análise Semanal – 09/04/03

Segue a queda de braço frigoríficos x produtores.

O recuo do dólar (que diminui a margem dos exportadores), o fraco desempenho do mercado atacadista (que voltou a operar em baixa) e a proximidade da Semana Santa (período em que boa parte da população se abstém de comer carne vermelha), estimulam a desvalorização do boi gordo.

Porém, a ótima condição das pastagens permite a manutenção dos animais em engorda, dificultando a imposição de recuos. A oferta comedida leva a programações de abate que atendem em média 4 a 5 dias, variando de 2 (mais apertados) a 7 (mais adiantados) dias.

Em geral, quem arriscou pagar menos, como na região de Dourados (MS), enfrenta grande dificuldade de compra. Veja a evolução da cotação do boi gordo em Dourados no gráfico.

Em São Paulo, apregoa-se R$56,00/@, a prazo, para descontar o funrural, porém é preciso pagar ao menos R$1,00/@ a mais para comprar, e, mesmo assim, “no pingado”. A maioria dos animais que morrem em São Paulo vem de fora: R$54,00/@ em Minas Gerais e Goiás e R$55,00/@ no Mato Grosso do Sul, todos a prazo, para descontar o imposto.

Excetuando-se algumas variações pontuais, enquanto o produtor não ceder, os preços tendem a permanecer estáveis. Contudo, qualquer avanço nas programações de abate deverá levar à desvalorização do boi gordo.

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