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Análise Semanal – 10/11/2004

Mercado firme e comprador, com negócios acima do preço referência em várias praças. Aliás, em algumas regiões, já está difícil informar um valor “padrão” para a arroba.

Em São Paulo, por exemplo, tem negócio com boi rastreado a R$62,00/@ e R$63,00/@, ambos a prazo, para descontar o Funrural. À vista, a variação é de R$60,00/@, para descontar o imposto, a R$61,00/@, livre de Funrural. Esse último valor equivale, nominalmente, a pouco mais de R$64,00/@, a prazo, para descontar o imposto.

As ofertas de compra mais elevadas têm partido, na maioria das vezes, de frigoríficos de mercado interno, que trabalham com escalas mais curtas (média de 3 a 4 dias). Os “grandões”, se valendo da preferência do pecuarista, do abate de animais próprios e daqueles vindos de outros Estados, sustentam programações de abate de até 8 dias.

Agora, para as fêmeas, as oscilações de preços são ainda maiores. Tem frigorífico exportador que nem está trabalhando com esse tipo de mercadoria. Outros ofertam, no máximo, R$54,00/@, a prazo, para descontar o Funrural. Contudo, compradores pequenos chegam a trabalhar com R$57,00/@, a prazo, para descontar o imposto, ou até R$55,00/@, à vista, livre de Funrural.

Negócios acima do preço referência também foram registrados em Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Minas Gerais.


Os preços pagos pelo boi gordo rastreado do Mato Grosso do Sul (gráfico) e São Paulo se igualaram em R$62,00/@, a prazo, para descontar o Funrural. Os do Sul de Goiás e do Triângulo Mineiro estão bem próximos desse patamar. Na verdade, em função do raio de ação dos frigoríficos de São Paulo, hoje é quase possível considerar que essas regiões, juntas, formam uma única grande praça pecuária.

No ano passado, nesta mesma época, a cotação do boi gordo paranaense também havia alcançado a do boi gordo paulista. Contudo, hoje, a defasagem está em mais de 3%. A concentração das exportações de carne bovina do Estado nas mãos de uma única indústria frigorífica, que recentemente comprou a concorrente, tem influenciado significativamente o comportamento do mercado local.

Em geral, as ofertas de animais terminados continuam recuando, pressionando os compradores. É isso que vem sustentando os preços do couro verde – apesar das vendas estagnadas e do recuo do dólar – e as cotações de carne no atacado, ainda que a demanda já tenha esfriado (comportamento típico de final de primeira quinzena de mês).

Para os próximos dias a tendência é de novos reajustes para as cotações da arroba em boa parte do país.

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