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Análise Semanal – 11/02/04

Ao longo da última semana o mercado físico do boi gordo trabalhou misto. Foram registradas correções positivas e negativas (maioria) em praças pecuárias importantes.

O fraco desempenho do atacado, que voltou a trabalhar em baixa, ameaça o equilíbrio do mercado. A pressão baixista se intensificou em algumas praças. É a política do “arrisca preço mais baixo para ver se compra”, normal de safra.

Em São Paulo os grandes frigoríficos, bem posicionados e buscando gado fora do Estado, apregoam R$58,00/@, a prazo, para descontar o Funrural pelo boi gordo rastreado. Contudo, pelo menos até a quarta-feira (dia 11), era preciso pagar ao menos R$1,00/@ a mais para sair negócio.

Compradores de várias regiões vinham avaliando o comportamento do mercado paulista. Provavelmente, se as ordens de compra em são Paulo se firmarem em valores mais baixos, é possível que as cotações da arroba recuem também em outras praças.

A cotação da arroba do boi gordo, na média das 25 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, acumula baixa de 3% ao longo do ano. Os maiores recuos foram registrados nas regiões de Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG), ambas com 7%.


Não foram registradas variações positivas. Em Marabá (PA) não houve variação, e no Paraná o recuo foi de “apenas” 1%. Em São Paulo a queda foi de 3%.

Em geral, com exceção das regiões aonde a chuva vem castigando bem, as compras evoluem num ritmo razoável. As programações de abate atendem em média 6 dias. A oferta de fêmeas segue relativamente elevada.

Com relação às chuvas, em algumas regiões do Rio de Janeiro, Minas Gerais e, especialmente, do Norte do país, os trabalhos de embarque e transporte dos animais estão sendo bem prejudicados, obrigando algumas indústrias a trabalharem com menos de 60% da capacidade normal de abate. O gado simplesmente não chega, ajudando a sustentar os preços.

As exportações também dão a sua “força” para, ao menos, amenizar os recuos. De acordo com dados preliminares do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) o Brasil exportou, em janeiro deste ano, algo próximo a 71,11 mil toneladas equivalente carcaça de carne bovina in natura, gerando um faturamento de US$110,20 milhões.

Em relação ao mesmo período do ano passado houve um aumento de 11% em volume e 44% em receita. Os trabalhos de promoção e marketing, a melhoria das estratégias de venda, e os problemas de ordem climática e sanitária enfrentados por alguns concorrentes têm promovido a valorização da carne bovina brasileira exportada. Ainda, com o câmbio voltando a patamar superior a R$2,90 por US$1,00, tem-se um ambiente favorável a quem se dedica a atender o mercado internacional.

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