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Análise Semanal – 11/06/03

O mercado físico do boi gordo anda de lado. Preços firmes e estáveis na maioria das praças pecuárias.

O grosso dos animais terminados já foi negociado. Os que restam, o produtor segura com o “trato”, cadenciando as vendas e sustentando os preços.

A oferta é particularmente pequena no Sul do país. No Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, cabe boi para morrer qualquer dia.

O boi gordo catarinense, R$55,00/@, já é o mais caro do Brasil. Ainda assim os compradores encontram muita dificuldade para acertar as matanças, sendo que alguns estão abatendo apenas 50% da capacidade normal.

Gráfico: Evolução da cotação do boi gordo catarinense em 2003


Em geral as programações de abate atendem 4 dias, com falhas e redução dos volumes de abates diários na maioria das praças.

Em São Paulo é possível conseguir até R$0,50/@ a mais por boiadas “especiais”. Quando não é possível “chorar” no preço, consegue-se uma redução dos prazos de pagamento.

Em função da frouxidão dos mercados de carne e couro, e do recuo do dólar (agora para patamares inferiores a R$2,90 por US$1,00), os compradores resistem à pressão e seguram os preços.

Ao longo do ano a cotação do couro verde paulista já acumulou baixa de 15%. O equivalente físico, mesmo com a ligeira reação registrada essa semana, já caiu quase 10% e, para o boi gordo (região de Barretos – SP), o recuo foi de 11%.

Assim, a queda de braço frigoríficos x produtores deve se estender por mais um tempo. Poucas alterações são esperadas no curto prazo.

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