O mercado físico do boi gordo anda de lado. Preços firmes e estáveis na maioria das praças pecuárias.
O grosso dos animais terminados já foi negociado. Os que restam, o produtor segura com o “trato”, cadenciando as vendas e sustentando os preços.
A oferta é particularmente pequena no Sul do país. No Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, cabe boi para morrer qualquer dia.
O boi gordo catarinense, R$55,00/@, já é o mais caro do Brasil. Ainda assim os compradores encontram muita dificuldade para acertar as matanças, sendo que alguns estão abatendo apenas 50% da capacidade normal.
Gráfico: Evolução da cotação do boi gordo catarinense em 2003
Em São Paulo é possível conseguir até R$0,50/@ a mais por boiadas “especiais”. Quando não é possível “chorar” no preço, consegue-se uma redução dos prazos de pagamento.
Em função da frouxidão dos mercados de carne e couro, e do recuo do dólar (agora para patamares inferiores a R$2,90 por US$1,00), os compradores resistem à pressão e seguram os preços.
Ao longo do ano a cotação do couro verde paulista já acumulou baixa de 15%. O equivalente físico, mesmo com a ligeira reação registrada essa semana, já caiu quase 10% e, para o boi gordo (região de Barretos – SP), o recuo foi de 11%.
Assim, a queda de braço frigoríficos x produtores deve se estender por mais um tempo. Poucas alterações são esperadas no curto prazo.