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Análise semanal – 12/04/2006

Com exportações em alta, consumo no mercado interno aquecido e redução na oferta de bois para abate, o mercado do boi gordo teve uma semana de alta.

As cotações do boi gordo, contratos futuros e carne bovina se valorizaram nos últimos sete dias. O índice da Esalq/BMF subiu 1,7% na semana, já o indicador do bezerro subiu 0,75%. Os contratos de maio e outubro de 2006 na BM&F subiram 0,76% na semana. No atacado, a carne bovina teve valorização de 2,6% no traseiro e 4,2% no dianteiro, indicando um equivalente físico de R$46,41/@, aumento de 2,9% na semana. Como o dólar teve uma semana relativamente estável, a arroba em dólares acompanhou a valorização em reais.

Com a aproximação do feriado, as ofertas de venda de boi gordo diminuíram, contribuindo também para o aumento das cotações do boi gordo. Nenhuma das praças pesquisadas pelo Instituto FNP sofreu desvalorização, com aumento de preços em 12 regiões. As maiores valorizações se deram em Maringá/PR, Marabá/PA e Cacoal/RO, com aumentos de R$2,00/@.

Rondônia é hoje uma das regiões brasileiras com os menores preços do Brasil. Um grupo frigorífico controla 70% do abate do estado. Frente a essa situação os pecuaristas do estado vêm buscando alternativas para melhoria no preço recebido. Nos últimos dias, a Cooperocarne, sediada em Pimenta Bueno/RO, conseguiu aprovação do financiamento do Basa e BNDES e devem começar a abater no início de 2007, com capacidade inicial de 600 cabeças/dia.

Todos os vencimentos da BM&F encerraram a semana com valorização, com médio de R$0,54/@. Os principais aumentos foram os contratos de novembro e dezembro de 2006 e janeiro e fevereiro de 2007. O spread (diferença) entre os contratos de maio e outubro teve uma pequena alta essa semana, passando de R$7,85/@ para R$7,91/@.


O mercado está na expectativa de que a Rússia aumente a abertura a carne bovina brasileira. E mesmo com os embargos, as exportações continuam aumentando. As exportações de carne bovina foram recordes para o mês de março. Além disso o preço médio aumentou.

Em março, a Rússia comprou 17.299 toneladas de carne in natura, firmando-se como o principal destino da carne brasileira. O Chile é o país que ainda não sinaliza positivamente em relação aos embargos.

Entre os principais fornecedores mundiais, a Argentina deve reabrir em breve as exportações dos cortes menos consumidos no mercado interno. Na Europa, com a saída da Argentina do mercado, os compradores de carne para redes de restaurantes aumentaram suas compras do Brasil, inflacionando os preços. Geralmente, essas redes conseguem pagar mais pela carne que os varejistas (supermercados).

No mercado interno, houve pouca modificação no volume de negócios, mesmo com a semana da Páscoa. Na semana em que tradicionalmente se consome menos carne bovina no Brasil, os preços da carne subiram no atacado. A produção e oferta de frango já se normalizou, dimunuindo a pressão nos preços e consumo de carne bovina.

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