Os frigoríficos exportadores mantêm a pressão de compra, atrás de animais rastreados.
Além da demanda elevada, a oferta de gado “padrão exportação” permanece irregular, estão ocorrendo alguns problemas para liberar os animais para abate (atraso na emissão dos certificados de rastreabilidade, por exemplo), o produtor está cadenciando as vendas e o dólar tem trabalhado em alta.
Ambiente extremamente favorável à valorização da arroba. E é realmente o que vem acontecendo nas principais praças pecuárias, como pode ser observado na tabela abaixo. Boi firme e em alta em maio. Movimento, no mínimo, atípico.
Para o gado não rastreado, apesar do deságio ainda elevado (média de R$3,00/@) a tendência também é que os negócios passem a correr em patamares mais elevados.
Isso porque o atacado, em função da redução das ofertas e da procura constante por parte dos exportadores (principalmente pelo traseiro), voltou a trabalhar em alta.
De um dia para o outro o equivalente físico deu um salto de mais de 7%, reduzindo sua defasagem em relação à cotação do boi gordo paulista para 19,5%. O Equivalente Scot, que leva em consideração a carne, o couro e o sebo, chegou a R$55,01/@, ficando pouco menos de 10% abaixo da cotação da arroba.
Com um pouco mais de fôlego, os frigoríficos de mercado interno passaram também a adotar uma postura mais ativa. A preferência destes ainda é pela vaca, que em São Paulo, por exemplo, é negociada a R$47,00/@, a vista, livre de Funrural. Nominalmente, seria algo próximo a R$49,50/@, a prazo, para descontar o imposto, quase o mesmo valor ofertado pela fêmea rastreada.
Internamente, é realmente melhor, para a indústria, trabalhar com vacas ou novilhas. Calculando o Equivalente Scot com base nos derivados da vaca gorda, temos, hoje, R$49,43/@. Praticamente não há defasagem para o preço do animal vivo.