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Análise semanal – 13/07/2005

Julho já chegou à metade, mas o mercado do boi gordo ainda trabalha em ambiente frouxo. Ao longo da última semana as cotações voltaram a recuar em algumas praças, como pode ser observado na tabela 1.


É verdade que foi registrada uma correção positiva no Norte do Tocantins. Porém, além das 3 retrações registradas, ocorreram negócios abaixo do preço referência em São Paulo, Triângulo Mineiro e Sul de Goiás.

O mercado está firme somente para a vaca gorda. Em São Paulo consegue-se até R$48,00/@, a prazo, livre de Funrural. A defasagem para o boi, nesse caso, é de apenas R$4,50/@, ou 8,4%. O normal seria uma defasagem entre 10% e 12%.

É preciso considerar que, na entressafra, a oferta de fêmeas diminui mais que a de boi (que no caso ainda não diminuiu). Além do mais, os frigoríficos que abastecem exclusivamente o mercado interno, além de uma parcela significativa daqueles que exportam para o Oriente Médio, têm preferido trabalhar com vacas.

A frouxidão observada para o boi gordo está alicerçada em 2 razões principais: as ofertas relativamente elevadas e o dólar baixo. No entanto, a significativa retração dos preços de alguns derivados importantes também tem alimentado as pressões baixistas. Veja na tabela 2 as variações dos preços de alguns produtos do agronegócio ao longo dos últimos 13 meses.


Veja que nada caiu mais que o sebo. Aliás, tem sebo de graça em Rondônia para quem se dispuser a buscar. Depois do sebo veio a farinha de carne e ossos e, logo em seguida, o couro. O couro, o sebo e as farinhas podem responder, juntos, por cerca de 25% do faturamento de um frigorífico.

Mediante um mercado saturado, com dólar baixo e preços frouxos para os subprodutos, não tem como o boi subir.

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