Julho já chegou à metade, mas o mercado do boi gordo ainda trabalha em ambiente frouxo. Ao longo da última semana as cotações voltaram a recuar em algumas praças, como pode ser observado na tabela 1.
O mercado está firme somente para a vaca gorda. Em São Paulo consegue-se até R$48,00/@, a prazo, livre de Funrural. A defasagem para o boi, nesse caso, é de apenas R$4,50/@, ou 8,4%. O normal seria uma defasagem entre 10% e 12%.
É preciso considerar que, na entressafra, a oferta de fêmeas diminui mais que a de boi (que no caso ainda não diminuiu). Além do mais, os frigoríficos que abastecem exclusivamente o mercado interno, além de uma parcela significativa daqueles que exportam para o Oriente Médio, têm preferido trabalhar com vacas.
A frouxidão observada para o boi gordo está alicerçada em 2 razões principais: as ofertas relativamente elevadas e o dólar baixo. No entanto, a significativa retração dos preços de alguns derivados importantes também tem alimentado as pressões baixistas. Veja na tabela 2 as variações dos preços de alguns produtos do agronegócio ao longo dos últimos 13 meses.
Mediante um mercado saturado, com dólar baixo e preços frouxos para os subprodutos, não tem como o boi subir.