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Análise semanal – 13/10/2004

O mercado do boi gordo andou de lado na maioria das praças pesquisadas ao longo da última semana. Houve uma significativa retração na oferta de animais terminados, suficiente para sustentar as cotações.

Com o advento do feriado prolongado, as compras passaram a correr com maior dificuldade, e as programações de abate de alguns frigoríficos já podem ser consideradas curtas.

Assim, começam a “pipocar” negócios acima do preço referência em algumas praças: R$55,00/@, a prazo, livre de funrural em Belo Horizonte (MG); R$60,00/@, a prazo, para descontar o imposto em Três Lagoas (MS) e R$61,00/@, a prazo, para descontar o funrural em São Paulo.

Destaque ainda para as cotações da vaca gorda. Os frigoríficos de mercado interno mantêm a preferência por fêmeas, cuja oferta está bem ajustada. Em São Paulo, por exemplo, foram registrados negócios a R$54,00/@, a prazo, livre de funrural para a vaca gorda bem acabada. Veja na figura abaixo a variação da cotação da vaca gorda em Barretos (SP).


Além da redução da disponibilidade de animais terminados, a reação dos preços no atacado contribuiu para a valorização ou, pelo menos, para a manutenção das cotações da arroba, já que “compensou” a desvalorização do couro.

Em São Paulo, a cotação do couro verde recuou R$0,60/kg, ou 25%, em 30 dias, estando hoje em R$1,80/kg. É a mais baixa desde meados de fevereiro. Vale lembrar que o couro é responsável por cerca de 11% a 13% do faturamento de um frigorífico.

Com relação ao boi gordo, a tendência, para os próximos dias, é de preços no mínimo estáveis. É possível que venham a ocorrer alguns reajustes. Tudo depende do produtor manter a estratégia de venda compassada.

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