Os produtores resistiram ao frio e a pressão, retendo os animais em engorda e sustentando os preços.
As programações de abate encurtaram; escalas acima de 5 dias somente na região de Goiânia (GO). A maioria dos compradores busca animais para morrer 3 ou 4 dias adiante.
Assim, foi interrompido um movimento de baixa que já durava quase um mês. Desde o início de abril a desvalorização média do boi gordo nas 25 praças pesquisadas pela Scot Consultoria foi de 6%.
Os maiores recuos foram registrados nas regiões de Três Lagoas (MS), Marabá (PA) e Norte do Tocantins, 11%, 9% e 9% respectivamente.
Aliás, em Três Lagoas a maioria dos frigoríficos trabalha somente com 50% da capacidade, formando as escalas praticamente só com vacas. Os compradores locais enfrentam grande concorrência de agentes paulistas, que ofertam até R$2,00/@ a mais por boiadas da região.
Em São Paulo os negócios a prazo variam de R$53,00/@ para descontar o Funrural a R$53,00/@ livre de imposto. A vista é possível conseguir até R$52,00/@ livre de imposto, o que nominalmente equivale a pouco mais de R$54,00/@, a prazo, para descontar o Funrural.
Mas, se por um lado a dificuldade de compra é grande, por outro o ambiente não favorece a valorização da arroba.
O mercado de couro opera em ambiente extremamente frouxo (desvalorização de 11% no quilo do couro verde em São Paulo este mês), o consumo interno de carne bovina permanece fraco e o câmbio não agrada os exportadores.
A tendência, para o curto prazo, é de preços estáveis.