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Análise Semanal – 15/06/2005

As cotações do boi gordo seguem estáveis na maioria das praças. Ao longo da última semana foram registradas alterações em Alta Floresta (MT), Cuiabá (MT), Paraná, Santa Catarina, Marabá (PA), Paragominas (PA), Sul do Tocantins e Rio de Janeiro: -2,2%; 2,1%; -1,9%; 3,9%; -2,3%; -2,2%;
-4,4%; -2,0%.

Veja que o mercado trabalhou misto, ou seja, com alterações positivas e negativas. Não houve um padrão de variação. Isso é normal para essa época.

Em algumas regiões, principalmente no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ainda tem um volume relativamente razoável de gado de pasto para sair. Assim, conforme o capim seca, os produtores aumentam a oferta, o que pode tirar a sustentação dos preços.

Mas em determinadas praças, como São Paulo, já não tem mais boi de pasto. É por isso que os grandes frigoríficos paulistas têm realizado a maior parte das compras fora do Estado. Alguns, inclusive, já chegam ao Mato Grosso.

A tendência, para o curto prazo, é que o mercado siga de lado na maioria das praças. Porém, algumas alterações, em função das situações diferenciadas de oferta, podem ser registradas. No fechamento desta coluna, por exemplo, havia forte pressão baixista no Mato Grosso do Sul.

As cotações de carne com osso no atacado também não se alteraram ao longo da semana. No entanto, conforme o mês avança, o poder de compra da população diminui, o que ameaça a sustentação dos preços.

Já o mercado do couro continua trabalhando em baixa. Na última semana as cotações do couro verde caíram 11% no Brasil Central e 6% no Rio Grande do Sul, chegando a R$1,20/kg e R$1,60/kg respectivamente.

Nos últimos 30 dias as cotações do sebo também despencaram: 29% no Brasil Central e 33% no extremo sul do país. Sendo que tanto para o couro, quanto para o sebo, a tendência é de novos recuos.

Por conta disso, a defasagem do Equivalente Scot (carne + couro + sebo) para a cotação do boi gordo, que vinha diminuindo, voltou a aumentar, como pode ser observado na figura 1.

Figura 1 Equivalente Scot e boi gordo em SP – R$/@


No entanto, vale ressaltar que hoje a defasagem entre Equivalente e boi está próxima de 6%, mas era de 11% no mesmo período do ano passado. Isso porque a carne, que tem participação de quase 88% na formação do Equivalente, caiu bem menos que o boi no período.

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