As cotações do boi gordo seguem estáveis na maioria das praças pecuárias, porém já se observam alguns indícios de que a tendência deve mudar.
Em algumas praças as ofertas já começam a rarear. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, as programações de abate encolheram para 3 dias, e tem comprador ainda mais apertado.
O boi gordo sul mato-grossense, rastreado, passou a ser negociado a R$61,00/@, a prazo, para descontar o funrural, superando a cotação do boi gordo paulista da região de Barretos (veja no gráfico).
Somente em São Paulo e Goiânia (GO) as programações de abate chegam a superar os 5 dias. A disponibilidade de animais de confinamento segue elevada, abastecendo os frigoríficos.
Contudo, os agentes locais avaliam que cerca de 70% do gado disponível já foi negociado, acreditando que as ofertas devam recuar em novembro.
A disponibilidade de vaca, por exemplo, já é bem pequena. A maior parte do que é ofertada chega “escorrida”, e muitas vezes não é aproveitada.
Cerca de 80 a 90% dos animais que estão morrendo em São Paulo são originários do próprio Estado. Nos primeiros meses do ano essa proporção estava próxima a 30%.
Quando a oferta de animais de confinamento minguar, os agentes paulistas deverão reiniciar as buscas em outras praças, que já sinalizam problemas de desabastecimento. Soma-se a esse fator o atraso da chegada das chuvas, que deve limitar a oferta de animais de pasto neste final de ano, e tem-se, a médio prazo, um cenário favorável à valorização da arroba.
Por enquanto, mantém-se a tendência de preços estáveis.