Agropecuária CFM aumenta sua presença em Tocantins
15 de julho de 2003
Governo brasileiro quer cooperação de países vizinhos na investigação dos focos de aftosa
17 de julho de 2003

Análise Semanal – 16/07/03

Preços estáveis na maioria das praças pecuárias.

As vendas de carne, couro e sebo estão fracas. A defasagem do equivalente físico (48% traseiro + 39% dianteiro + 13% ponta de agulha) para a cotação do boi gordo paulista, que era de 14% no início do mês, saltou para 20%.

Do equivalente scot (87,84% equivalente físico + 10,29% couro + 1,77% sebo) para a cotação da arroba, a defasagem chegou a 10%.


Esse cenário dificulta a valorização do boi gordo. Contudo, os preços também não caem, em função da reduzida oferta de animais para abate.

As compras correm “no pingado”, e as programações de abate atendem, em média, 4 dias.

O mercado está muito especulado em função da nova exigência do SISBOV, que estabeleceu uma espécie de quarentena para os animais cuja carne será destinada à União Européia.

Há um certo temor de que os frigoríficos não consigam animais rastreados em número suficiente para atender à demanda européia, levando ao aumento da oferta de carne internamente.

Alguns compradores, que estão arcando com os custos do processo de rastreabilidade (tratando direto com as certificadoras), sinalizam que não terão problemas em cumprir seus contratos.

Outros, que optaram pela desvalorização dos animais não rastreados (em até R$1,00/@), agora não conseguem gado nenhum, seja ele rastreado ou não.

Tem aqueles que optaram por oferecer um ágio, que está girando em torno de R$5,00/cabeça, na compra de animais rastreados, o que seria suficiente para cobrir os custos do processo. Mas, estes também relatam que enfrentam grande dificuldade para conseguir a mercadoria.

Também existem frigoríficos que saíram das compras, aguardando uma melhor definição do mercado ou alguma mudança nas regras do sistema. Por enquanto, não se falou nada em alteração de prazo, e desde o dia 15 somente vem sendo certificada para embarque à União Européia carne de animais que estiveram por pelo menos 40 dias cadastrados no SISBOV.

Provavelmente atravessaremos um breve período de ajustes, com alguma turbulência, mas nada que afete significativamente as exportações brasileiras de carne bovina. A “poeira” deve assentar no curto prazo.

Os comentários estão encerrados.