O mercado do boi gordo teve mais uma semana de baixa. O indicador Esalq/BM&F caiu 1,4%, cotado em R$ 48,44/@. O consumo no mercado interno se mostra mais fraco do que o esperado. No mercado externo, boas notícias, mas sem impacto no preço do boi. O dólar teve uma semana de significativa alta e Israel abrandou seu embargo ao Brasil.
O bezerro continua se valorizando, subindo 1,9% na semana, cotado a R$ 364,16 (índice Esalq/BM&F). Com isso a relação de troca se torna a cada dia mais favorável ao criador, acumulando baixa de quase 13% no ano. Na semana, a baixa foi de 3,3%, fechando em 2,19 bezerros/boi gordo.
A cotação do boi em dólar despencou essa semana, caindo 6,9% graças principalmente ao dólar que subiu 5,9%, para alívio dos exportadores. Alguns economistas já trabalham com uma previsão de dólar a R$2,40 até o final do ano, mas é preciso lembrar que, em termos de previsão do câmbio, os economistas não têm acertado nos últimos anos.
O mercado futuro teve uma semana de pequenas baixas para todos os vencimentos, com exceção de outubro/2006, que subiu 0,3%.
Tabela 1: Contratos futuros de boi gordo na BM&F
No MT os frigoríficos têm dificuldade em abater os animais programados, devido ao bloqueio dos escritórios do Indea, o que pode acarretar uma menor oferta no mercado de carne.
No mercado interno, as ofertas começam a se avolumar, pressionando negativamente os preços. Na segunda-feira, devido aos ataques do PCC, houve pouca movimentação de negócios de carne na cidade de São Paulo, principal mercado consumidor de carne bovina. Segundo o Boletim Intercarnes, os preços no atacado caíram na última semana. O equivalente físico da arroba do boi (48% traseiro, 39% dianteiro e 13% ponta de agulha) baixou 4,6% na semana, valendo R$ 45,69/@.
Há expectativa de melhora de preços apenas em junho. Na BM&F, o spread (diferença de preços entre os contratos de diferentes meses) está em R$1,32/@ entre maio/junho e R$3,78/@ para maio/julho.
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