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Análise Semanal – 17/09/03

O mercado do boi gordo vem trabalhando de forma bastante heterogênea nas diferentes praças pecuárias, refletindo situações peculiares de oferta.

Em regiões onde há um bom número de confinamentos, como em São Paulo e Minas Gerais, as programações de abate avançaram para 5 ou 6 dias, conferindo certa tranquilidade aos compradores.

Com as escalas cheias e as vendas de carne empacadas (o equivalente físico acumulou queda de 5% na semana), iniciam-se as pressões de baixa.

Em São Paulo, por exemplo, os preços de balcão dos frigoríficos de mercado externo passaram a R$59,00/@ para o boi não rastreado e R$60,00/@ para o boi rastreado, ambos a prazo, para descontar o Funrural. Ainda é possível conseguir alguma coisa a mais, porém é precisar “pelejar” bastante.

Os frigoríficos de mercado interno encontram um pouco mais de dificuldade para avançar com as escalas, e forçam as compras na vaca. Alguns lotes chegaram a ser negociados a R$55,00/@, a prazo, livre de Funrural.

A situação é bastante diferente em regiões onde não há, ou há pouca oferta de animais de confinamento.

No Rio de Janeiro, Bahia, Tocantins, Rondônia e algumas regiões do Pará, as programações de abate atendem 2 a 4 dias, pressionando os compradores. Nessas localidades têm sido registrados com frequência negócios acima do preço referência.

Em Rondônia, por exemplo, chega-se a ofertar R$52,00/@, a prazo, livre de Funrural pelo boi gordo, R$2,00/@ acima do preço referência.


Em geral, a tendência é de preços estáveis. Nas praças onde a oferta é melhor, e os preços chegaram a cair, os compradores acreditam que dificilmente conseguirão impor novos recuos.

Já nas praças onde as escalas estão curtas, a estratégia tem se baseado em reduzir o volume diário de abates e ofertar alguma coisa a mais para lotes próximos e de boa qualidade, pois os compradores avaliam que não há resposta do mercado atacadista.

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