Com o atacado voltando a trabalhar em ambiente frouxo (o equivalente físico acumulou baixa de 4% ao longo dos últimos 7 dias), os frigoríficos iniciaram a semana exercendo forte pressão baixista.
Além do mais, as compras vinham evoluindo relativamente bem, permitindo que as programações de abate se estendessem, em média, para 6 ou 7 dias. Em Goiás e no Mato Grosso, por exemplo, tem frigorífico que já está acertando as matanças do início de março.
As cotações da arroba chegaram a recuar em algumas praças. Para o boi, o mercado esteve mais equilibrado, porém para a vaca, mais ofertada, as quedas vieram em maior escala.
Ainda assim, prevaleceu a estabilidade de preços. Primeiro, porque em algumas regiões as chuvas têm dificultado muito o trabalho dos compradores. O gado não chega à indústria.
Depois, o ritmo dos negócios caiu após os ajustes. Em São Paulo (mercado balizador), os R$58,00/@, a prazo, para descontar o Funrural, não vingaram. Para conseguir boi rastreado, ao menos até o fechamento desta matéria, era necessário ceder R$1,00/@ a mais, ou buscar fora do Estado.
Algumas indústrias chegaram a interromper as compras de animais não rastreados. Ao que parece, os compradores buscam de todas as formas pressionar o produtor a aderir ao SISBOV, uma vez que a partir de 15 de março toda carne bovina brasileira exportada, seja qual for o destino, deverá portar certificado de origem.
Para os próximos dias a tendência é que o volume de negócios se mantenha ajustado, em função do carnaval. O feriado deve afastar o produtor do mercado. Diante da morosidade do atacado, e da oferta relativamente folgada de animais terminados, esse parece ser o único fator que pode garantir a sustentação dos preços.