A dificuldade de compra é grande.
Os volumes de abates diários foram reduzidos ao máximo. Alguns compradores já anunciam falhas para os próximos dias, outros têm preferido buscar carne no mercado ao invés de trabalhar com boi em pé.
Ainda assim, as programações de abate não avançaram. Quase ninguém trabalha com “folga” superior a 3 dias, e muitos precisam de animais para embarque imediato.
A chegada do feriado tirou o produtor do mercado, complicando ainda mais a situação de quem corre atrás do boi.
Assim, após um longo período de resistência, as cotações da arroba começaram a subir. O produtor, sentindo que o momento é favorável, retém os animais em engorda, alimentando o movimento. O clima ameno facilita a ação.
Em São Paulo as ordens de compra firmaram-se em R$54,00/@, a prazo, para descontar o funrural. Para boiadas de outros Estados, os compradores paulistas oferecem R$52,00/@ nas mesmas condições, porém já foram registrados negócios acima do preço referência.
É verdade que o atacado chegou a operar em alta no decorrer da última semana, mas o movimento foi induzido pela forte redução da oferta de carne. O desempenho das vendas ainda é fraco, e sem expetativa de melhora para o curto prazo, uma vez que já nos encaminhamos para o final do mês.
Contudo, existem contratos a cumprir e uma demanda, ainda que pequena, para atender. Os abates não podem parar. Se o boi não aparece, os preços sobem.
O mercado é firme e comprador. Para a próxima semana, espera-se por uma intensificação da pressão altista.