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Análise semanal – 18/08/04

Não tem boi de pasto em São Paulo, mas tem ainda no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Se abastecendo nesses Estados, e contando com alguma coisa de confinamento que já começa a aparecer, os grandes frigoríficos paulistas esticaram suas escalas para o início de setembro, e tentam derrubar as cotações da arroba.

Pode-se dizer que, hoje, metade dos negócios com o boi rastreado em São Paulo correm em R$62,00/@ e a outra parte em R$63,00/@, ambos a prazo, para descontar o Funrural. Quem está mais apertado, paga mais. Quem está mais adiantado, paga menos.

No Paraná, Minas Gerais e Goiás a oferta de animais terminados em pastejo também é pequena. Os preços seguem estáveis, porém firmes.

Exceção feita ao Paraná, onde os compradores, em função da dificuldade no escoamento de carne, optaram por reduzir ao máximo o volume de abates diários, ganhando 2 dias de escala. Acertaram posição para um recuo dos preços (gráfico), porém, agora compram muito pouco.


O atacado se desestabilizou um pouco em função da chegada da segunda quinzena do mês e do aumento da oferta de carne, depois da evolução das escalas. Ainda assim, as cotações do traseiro se sustentaram (mérito da exportação). O ajuste veio para o dianteiro, mas a ponta de agulha chegou a se valorizar.

Em geral, para o boi gordo, a tendência é de preços estáveis. Nada justifica a desvalorização da arroba, mesmo com o ligeiro avanço das escalas em algumas regiões.

As exportações seguem quebrando recordes e, internamente, o consumo já dá alguns sinais de melhora. Nos últimos 30 dias o equivalente físico acumulou alta de 7%, enquanto que, a cotação da arroba do boi gordo paulista, por exemplo, reagiu apenas 2%.

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