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Análise semanal – 19/04/2006

O mercado do boi teve uma semana de alta em diversas regiões brasileiras, devido a escalas mais curtas. Os boatos de febre aftosa em Japorã/MS impediram novos aumentos. O indicador Esalq/BM&F teve alta de 0,75%, com valor de R$50,82/@ à vista em 19/04. Com o aumento do preço do bezerro, a relação de troca está em 2,42. A queda de quase 1% na cotação do dólar fez com que a arroba em dólares subisse para $24,05/@.

Nas 24 praças levantadas pelo Instituto FNP, a valorização média foi de 1,7% na semana, com destaque para as regiões de Campo Grande/MS, Gurupi/TO e Cacoal/RO.


As notícias da nova suspeita de aftosa, que começaram a rondar o mercado na segunda-feira, influenciaram negativamente o mercado, principalmente o mercado futuro. Na quarta-feira, a BM&F fechou em baixa em todos os vencimentos. A pouca transparência e a falta de coordenação entre os órgãos públicos em divulgar informações precisas sobre o problema aumentam a insegurança o mercado com reflexos negativos para os produtores.

Os compradores internacionais, com as novas notícias sobre aftosa, deverão atrasar ainda mais a reabertura de seus mercados, em especial o Chile, que embarga integralmente o Brasil, e a União Européia, que continua com os estados do MS, SP e PR fechados. Os compradores europeus relatam ainda preços altos da carne brasileira, dificultando os negócios.

Técnicos do Mapa acreditam que em breve a Rússia deve abrir novos estados brasileiros. Por outro lado, mesmo com os embargos, a Rússia continua com alto volume exportado, com sucessivos recordes de exportação. Na prática, há pouco impacto do embargo russo no efetivamente exportado.

Para a próxima semana as perspectivas não são muito otimistas para os produtores. O frio que já chegou em algumas regiões, e as novas notícias sobre aftosa devem afetar negativamente os preços. O período de final do mês, de menor consumo interno, também pode diminuir a demanda. Por outro lado, as exportações seguem firmes.

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