Após um início de ano de mercado firme, os últimos dias têm sido marcados por uma forte pressão baixista, que de fato resultou na desvalorização da arroba em algumas praças.
Na verdade, com exceção da região de Goiânia (GO) e do Mato Grosso, as ofertas de boi gordo seguem ajustadas. Chegaram até a sinalizar um crescimento, porém voltaram a se retrair após os recuos dos preços.
O fraco desempenho do mercado atacadista, com o equivalente físico acumulando baixa de mais de 6% ao longo da semana, o aumento da disponibilidade de fêmeas para abate e o dólar inferior a R$2,85 é que alimentaram o movimento de baixa.
Com relação à oferta de vacas, em algumas regiões elas passaram a compor até 50% das matanças, estando à disposição para cobrir eventuais “buracos” nas escalas.
As cotações da arroba perderam sustentação, porém os espaços para novos recuos estão mais limitados. Está muito difícil, por exemplo, conseguir boi rastreado a R$60,00/@ em São Paulo ou R$59,00/@ no Triângulo Mineiro. As compras correm no pingado.
Os compradores paulistas intensificaram as buscas em outros Estados, deixando o mercado concorrido. Na região de Três Lagoas, por exemplo, chegam a ofertar, pelo boi gordo rastreado, até R$1,50/@ a mais que os compradores locais.