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Análise Semanal – 21/05/03

O mercado do boi gordo, por força da redução das ofertas, opera em ambiente extremamente firme.

As programações de abate, com falhas e redução dos volumes de abates diários, atendem em média 3 ou 4 dias.

Os compradores se esforçam para segurar os preços, alegando que já não há como repassar o custo de aquisição dos animais para a carne e demais derivados do boi.

De fato, a defasagem do equivalente scot (87,94% equivalente físico + 10,29% couro +1,77% sebo), hoje em R$49,22/@, em relação à cotação do boi gordo paulista, R$54,00/@, está próxima a 9%, valor considerado alto.

Mesmo com vendas fracas, os mercados de carne e sebo, enxutos, operam estáveis. O problema maior é o couro.

A cotação do couro verde paulista acumulou baixa de 11% ao longo deste mês. No Rio Grande do Sul o recuo foi de 10% e em Goiás 12%. As vendas de couro representam aproximadamente 11% do faturamento total dos frigoríficos.


O alívio poderia vir via exportações de carne bovina, porém, em função da valorização do Real frente ao dólar, os exportadores partiram para a renegociação de contratos. É um período de ajustes.

Assim, os compradores de gado trabalham ajustados, adotando a valorização boi gordo como último recurso.

Especula-se que o mercado poderia voltar a operar em ambiente frouxo, pois qualquer virada no tempo (frio) levaria à um aumento excessivo da oferta de animais para abate.

Essa hipótese é real. Porém, um novo movimento baixista tenderia a ter curta duração, uma vez que a maioria do gado já foi negociado.

Por hora, o mercado aponta para preços estáveis, com possibilidade de alta.

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