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Análise semanal – 21/12/2005

O mercado do boi gordo trabalhou em ambiente relativamente firme ao longo da última semana. É verdade que chegaram a ser registrados novos ajustes. Porém, em boa parte das praças, as cotações se mantiveram estáveis, com algumas correções positivas significativas, como pode ser observado na tabela 1.

Tabela 1. Variações das cotações da arroba do boi gordo, em R$, na última semana


Em São Paulo os grandes frigoríficos, buscando gado no Mato Grosso do Sul, conseguiram fechar as escalas do ano. Compradores menores enfrentam mais dificuldades.

As ofertas estão ajustadas – reflexo do período de festas, quando o produtor se afasta do mercado. Esse é o único pilar de sustentação dos preços.

Pode-se apontar a reação do dólar como um fator altista, pois como se sabe a cotação da arroba está atrelada ao comportamento da moeda norte-americana. E na segunda-feira, dia 19, o dólar comercial fechou em R$2,38. Maior valor desde agosto.

Mas esse não é um movimento duradouro. A alta do câmbio é artificial, fruto de intervenções do Banco Central no mercado. Não existem fundamentos macroeconômicos que façam crer numa significativa desvalorização do real. Tanto é que na terça-feira, dia 20, quando o BC resolveu “ficar na sua”, o dólar recuou 1,5%, fechando em pouco menos de R$2,35.

Se as intervenções do BC diminuírem, e é nisso que o mercado acredita, o câmbio deve retornar aos patamares de R$2,25 por US$1,00 logo no início do ano que vem.

Uma notícia que também poderia ser tomada como fator de alta para os preços pecuários é a decisão da União Européia em não ampliar o embargo à carne bovina brasileira. Isso significa que a situação não deve piorar. Mas vai continuar como está, ou seja, ruim. As restrições comerciais aos produtos de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná foram mantidas. E somente São Paulo respondia, até outubro, por quase 60% das vendas externas.

Internamente, as vendas de carne até que melhoraram. Mas é um movimento sazonal, a reboque das festas e confraternizações.

Em síntese, como já foi abordado em análise anterior, será difícil que não aumentem as pressões baixistas ao longo dos primeiros meses de 2006. No entanto, no decorrer do ano, a tendência é que o mercado vá galgando novas posições. Mas esse é o assunto de uma próxima análise.

Feliz Natal a todos!

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