Mercado frouxo
Com escalas longas, para mais de 10 dias, o dólar em baixa, assim como o mercado atacadista, o couro e o sebo, alem da Rússia fora de mercado; os frigoríficos exportadores tentam impor novos recuos para as cotações da arroba.
Quem tem abastecido os compradores, sobretudo em São Paulo e no Triângulo Mineiro, justamente onde as escalas estão mais longas, são os animais de confinamento.
Em São Paulo ocorre uma situação inusitada. Frigoríficos de mercado interno, com escalas mais curtas, chegam a pagar mais pelo boi, até R$60,00 por arroba a prazo, livre de funrural, mesmo para os não rastreados.
O mercado é mais firme para as fêmeas, que têm oferecido uma margem melhor à indústria e estão mais difíceis de serem encontradas. A defasagem da cotação da vaca para o boi gordo paulista, que há 30 dias era de 16%, passou para 12,4% esta semana.
No norte do país as ofertas, tanto de fêmeas quanto de machos, seguem mais controladas. Contudo, em função do fraco desempenho do atacado, alguns frigoríficos no Pará já sinalizam recuos.
O período é difícil para o produtor. As expectativas de alta se transferiram para novembro, quando provavelmente não haverá mais boi de sal proteinado e semiconfinamento, e menos boi de confinamento.
Além do mais, se não houver nenhuma mudança, o prazo mínimo de permanência dos animais no banco de dados do SISBOV, para fins de exportação, vai se alongar para 180 dias. Lembrando que a adesão ao programa caiu muito ao longo dos últimos meses.
A pressão é de baixa. É verdade que o mercado também não está favorável para os frigoríficos. Contudo, há 30 dias, a defasagem da cotação da arroba do boi gordo paulista para o Equivalente Scot, que leva em consideração a carne, o couro e o sebo, era de 12%, caindo para 6,6% esta semana.