O mercado do boi gordo trabalha de forma bastante heterogênea na maioria das praças pecuárias.
No Pará e no Paraná, por exemplo, as compras correm com certa facilidade, levando à formação de escalas relativamente longas (7 dias) e à imposição de recuos. Resta saber se agora os produtores aceitarão negociar, principalmente no Pará onde as condições das pastagens já permitem a retenção dos animais em engorda.
Em outras praças porém, a situação é bastante diferente. As compras voltaram a correr no pingado em boa parte de Minas Gerais e no Sul de Goiás, e já começam a pipocar ofertas de compra acima do preço referência.
Em São Paulo, região de Barretos, as ofertas de animais terminados em confinamento ainda abastecem as indústrias. Porém, na região de Araçatuba, já começa a faltar boi, levando os agentes locais a intensificarem as buscas em outros Estados.
Já foram registrados negócios a R$62,00/@ para o boi rastreado paulista, e R$61,00/@ para o animal não rastreado, ambos a prazo, para descontar o Funrural.
As cotações reagiram também em Rondônia – onde chegaram a ser registradas ofertas de compra a R$53,00/@, a prazo, livre de Funrural pelo boi gordo – e no Mato Grosso.
O atacado, que chegou a trabalhar em baixa no decorrer da semana, inicia uma recuperação, puxado pelo bom desempenho das exportações. Contudo, a demanda interna está realmente muito fraca.
O couro também não vive um bom momento. As vendas externas estão muito concentradas na China, que vem trabalhando com preços deprimidos. Além do mais, o dólar está em queda e, internamente, as negociações estão travadas.
Sendo assim, foram registradas correções negativas de R$0,20/kg para os couros verdes paulista (gráfico) e goiano. No Rio Grande do Sul, a retração foi de R$0,10/kg.
Em geral, o mercado do boi gordo trabalha em ambiente firme, sinalizando correções positivas a curto/médio prazo.