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Análise Semanal – 23/07/03

Os representantes dos frigoríficos exportadores procuraram em Brasília conseguir o adiamento do prazo exigido para a rastreabilidade bovina. Porém, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) adotou postura irredutível.

Carne bovina brasileira só vai para a União Européia se for de animais cadastrados por pelo menos 40 dias no SISBOV, o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina.

De imediato, os grandes compradores optaram por derrubar R$2,00 na arroba do gado não rastreado. Assim, para esse tipo de mercadoria, as ordens de compra são de R$54,00/@ em São Paulo e R$53,00/@ nas regiões do Triângulo Mineiro e Dourados (MS).

Estes são valores somente apregoados, porque praticamente não tem negócio. Contudo, o que os frigoríficos querem mesmo é pressionar o produtor a rastrear os animais.

E parece que a estratégia está dando certo. As certificadoras apontam que a demanda pelo serviço aumentou muito nas últimas semanas. No Mato Grosso, por exemplo, cerca de 15 mil animais estão se adequando ao sistema por dia.

Ao que parece, a situação deve se ajeitar no curto prazo.

Como o mercado está travado, a oferta de carne caiu significativamente, e o atacado começou a operar em alta, lembrando que nos encaminhamos para o final do mês, período tradicionalmente ruim para as vendas de carne.

O mercado está muito especulado, porém permanece firme, uma vez que há pouco gado (rastreado ou não) disponível para abate.

Já em Santa Catarina, o problema é outro. Com a abertura da fronteira para a entrada de carne com osso de outros Estados, os frigoríficos locais alegam que não há como sustentar as cotações da arroba.

Os animais catarinenses que morrem hoje foram adquiridos a R$57,00/@ ou R$58,00/@ na semana passada. A tendência era de R$60,00/@ já para o início do próximo mês.


Contudo, hoje chega carne no Estado a R$3,05/kg de traseiro e R$2,15/kg de dianteiro, valores respectivamente 17,6% e 14% inferiores ao que é praticado em São Paulo.

Algumas unidades não estão nem abatendo, trabalhando somente com compra e venda de carne. Portanto, não há preço referência para o boi gordo catarinense.

A tendência é que as cotações do Estado se aproximem do que é praticado no Rio Grande do Sul. Algo próximo a R$51,00/@ para o boi gordo.

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