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Análise semanal – 24/05/2006

O mercado do boi teve uma semana de alta nos preços dos contratos futuros, devido principalmente ao significativo aumento da cotação do dólar. No mercado físico, os preços ficaram estáveis, com reduções em algumas praças. O indicador Esalq/BM&F caiu 0,4% na semana. Os preços do bezerro continuam a subir, com o indicador Esalq/BM&F bezerro se valorizando 1% na semana. Com isso a relação de troca caiu 1,4% na semana, favorecendo o criador de bezerros (2,16 bezerros/boi).

Com o aumento do dólar, de 8,6% na semana, a cotação da arroba em dólares caiu 8,3%, cotada em US$20,36/@. Com os preços firmes no mercado internacional, a atratividade das exportações aumentam. Além disso, o único importante mercado importador do Brasil ainda 100% fechado é o Chile, ainda sem indicativo de reabertura no curto prazo.

No mercado futuro, o boi se valorizou na semana, principalmente nos contratos mais longos. O contrato para maio/2006 subiu apenas 8 centavos na semana, enquanto que todos os demais subiram no mínimo R$1,00/@. O contrato de maior alta na semana foi o de setembro/2006, com valorização de R$1,87/@.

O spread entre em maio e outubro, que mede a diferença de preços da safra e entressafra aumentou muito, fechando essa quarta-feira em R$ 10,52/@. Em 17/05/2006 estava em R$ 9,10/@, (+15,6% na semana) e no início do ano em R$ 8,30/@, um aumento de 26,8% no spread no ano. O preço do contrato de maio está relacionado ao preço físico, que não dá sinais de recuperação. O contrato para outubro parece estar sendo influenciado pelo aumento do dólar.

Gráfico 1: Spread entre os contratos futuros maio/2006 e outubro/2006


Fonte: BM&F, elaboração BeefPoint

Segundo dados do Instituto FNP, nas 24 praças levantadas, houve queda nos preços em oito regiões, aumento em uma (Cacoal/RO) e estabilidade em 15 praças. A maior queda ocorreu em Redenção/PA, de R$2,00/@. Na tabela abaixo podem ser observadas as variações na semana e no mês, dos principais indicadores do mercado do boi. Os preços do Instituto FNP são máximos para cada região.

As escalas de abate estão variando de uma a duas semanas e em algumas regiões, como norte de GO há escalas ainda mais longas. Vários frigoríficos reportam boa oferta de bovinos para abate.


Fonte: Cepea/Esalq, BM&F, Instituto FNP, elaboração BeefPoint

No mercado interno, o comércio de carne no atacado está desaquecido, em virtude do final do mês. Segundo dados do Boletim Intercarnes, os preços caíram no atacado nessa semana, com forte queda no equivalente físico, como pode ser observado no gráfico abaixo.

Gráfico 2: Equivalente físico da arroba do boi e indicador Esalq/BM&F


Fonte: Boletim Intercarnes e Esalq/BM&F, elaboração BeefPoint

Os frigoríficos devem tentar reduções de preço em SP e principalmente no MS, na próxima semana. Esses estados, além de serem importantes na formação de preços, foram os mais afetados com os embargos às exportações.

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