Apesar da resistência dos compradores, o mercado do boi gordo segue trabalhando em ambiente firme e em alta. É verdade que o recuo do dólar influi negativamente na margem dos exportadores, mas está cada vez mais difícil adiar os reajustes. Tem pouco boi na praça.
Os compradores paulistas avaliam que está mais fácil pegar boi dentro do Estado, em função dos confinamentos, do que fora. Em Minas Gerais e Goiás, por exemplo, praticamente acabou o boi.
As chuvas fortes dificultavam a retenção dos animais em engorda, obrigando os confinadores de São Paulo a vender ao menos uma parte da produção, permitindo que alguns frigoríficos sustentassem escalas de 7 ou 8 dias. Mas foi só o céu limpar por alguns dias para as ofertas diminuírem significativamente e as cotações da arroba reagirem.
Já tem muito negócio, com boi rastreado, a R$64,00/@, a prazo, para descontar o Funrural. Frigoríficos de mercado interno chegam a ofertar R$62,00/@, à vista, livre de Funrural, o que equivale a pouco mais de R$65,00/@, a prazo, para descontar o Funrural, seja o boi rastreado ou não.
Por vacas ou novilhas bem acabadas, localizadas próximas às unidades de abate, independente da rastreabilidade, é possível conseguir até R$57,00/@, à vista, livre de Funrural, o equivalente a R$60,00/@, a prazo, para descontar o imposto, apenas R$3,50 a menos do que, na média, ofertam os frigoríficos exportadores pelo boi gordo rastreado. Bom negócio.
Analisando os preços referências, observa-se que, no acumulado do segundo semestre (julho a novembro) a cotação da vaca gorda na região de Barretos (SP) registrou alta de quase 10%, saindo de R$52,00/@ para R$57,00/@, a prazo, para descontar o Funrural (gráfico). No mesmo período, também em Barretos, o preço pago pela arroba do boi gordo passou de R$61,50 para R$63,50, nas mesmas condições. Alta de apenas 3%.
A tendência para os próximos dias é de mercado firme. Apesar da resistência dos compradores, é possível que ocorram novos reajustes.
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Isto pode estar acontecendo nas praças do sudeste e MS, aqui no sudoeste de Mato Grosso (Grande Cáceres), as escalas estão acima de 20 dias, abate somente para 18 de dezembro.
Não acredito em reajustes para 2004.