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Análise semanal – 25/01/2006

Por Maria Gabriela O Tonini 1

O piso de preço, que na semana passada parecia ser R$50,00/@, a prazo, para descontar o funrural em São Paulo, foi rompido.

Um volume maior de negócios foi fechado por R$49,00/@, nas mesmas condições, com ofertas de compra em R$48,00/@. Neste último caso mês, praticamente nominal, quase sem negócios.

Os grandes frigoríficos em São Paulo mantém a estratégia de comprar pouco no estado, mesmo porque a oferta não é grande, preenchendo as escalas com animais do Mato Grosso do Sul. Nessa praça, compram com relativa facilidade, já que ofertam em algumas ocasiões R$1,00/@ a mais que o valor pago por frigoríficos locais.

Muitos compradores têm preferido a aquisição de vaca, principalmente os que têm exportado menos e destinado boa parte da produção ao mercado interno. A porcentagem de abate de fêmeas vem aumentando em determinados frigoríficos, já que a oferta está maior e os preços, relativamente mais atraentes. Desde o início de janeiro, os preços médios da vaca gorda recuaram 7,0% em todo o País.

Acompanhe a variação das cotações da vaca desde o início do ano e a diferença entre o preço do boi e vaca em janeiro de 2005 e janeiro de 2006.

Figura 1. Variação das cotações da vaca desde o início de janeiro e a diferença entre o preço do boi e vaca gorda em janeiro de 2005 e janeiro de 2006


Normalmente os frigoríficos preferem machos, em função do rendimento maior em relação às fêmeas, mesmo porque os gastos com as operações no processamento da carne são idênticos. Mas pela diferença de preços, muitos têm preferido o abate de vacas.

Na maioria das praças a diferença de preços entre o boi gordo e a vaca gorda aumentou no último ano, o que significa que em relação a janeiro de 2005, a vaca gorda está valendo menos em comparação com o boi gordo.

As exceções: São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, onde há embargos às exportações de carne bovina, o boi gordo se desvalorizou mais que a vaca gorda.

Para o curto prazo, as chances de recuperação nas cotações do boi e vaca gorda são remotas. Persistem fatores como a boa oferta de animais na maioria das praças pecuárias, o dólar desfavorável, a manutenção dos embargos, e um mercado interno inibido.

Entretanto a visita de técnicos da União Européia pode amenizar esse quadro. A expectativa de que os embargos possam ser retirados é grande, podendo aliviar um pouco a pressão.

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