Redução dos volumes de abates diários, falhas, condições especiais para lotes maiores… nada disso foi suficiente para promover avanço das programações de abate.
Escala de 4 dias é luxo, a maioria dos compradores trabalha com “folga” de apenas 3 dias. Assim, a pressão surtiu efeito, e os preços começaram a subir, promovendo oscilações diárias.
Em São Paulo, por exemplo, as ordens de compra, a prazo, variam de R$54,00/@ a R$55,00/@ para descontar o funrural. Já a vista os negócios correm em R$52,00/@ ou R$53,00/@ livres de imposto, o que, nominalmente, equivale a R$56,00/@, a prazo, para descontar o Funrural.
Ofertas de compra acima do preço referência “pipocam” por todas as praças. Na venda de lotes de boa qualidade, quando não se consegue um ágio, é possível reduzir o prazo de pagamento.
O volume de animais disponíveis para abate é muito pequeno. O pouco que tem, o produtor segura, pois sente que o momento lhe é favorável.
A redução dos abates enxugou o atacado, que mesmo se ressentindo de um fraco movimento de venda, voltou a operar em alta.
No decorrer deste mês (junho) o equivalente físico (48% traseiro + 39% dianteiro + 13% ponta de agulha) já acumulou alta de 10%, enquanto que, no mesmo período, a cotação do boi gordo paulista reagiu somente 3% (gráfico).
A defasagem do equivalente para a cotação da arroba no mercado físico, que era de 20% no começo do mês, caiu para menos de 14% hoje.
O mercado é firme. A pressão, e o aumento da margem dos compradores, podem levar a novas correções positivas.