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Análise semanal – 25/08/04

As cotações da arroba recuaram em algumas praças. As escalas longas, acima de 7 dias, sustentaram o movimento.

A oferta de animais terminados em confinamento é considerada boa, sobretudo nas regiões de Barretos (SP) e Triângulo Mineiro. O produtor assustou com o mercado frouxo e partiu para a venda. Além do mais, ainda tem boi de pasto saindo, sobretudo no Mato Grosso do Sul.

E justamente são as escalas dos compradores sul mato-grossenses as mais longas. Em alguns casos, se estendem para mais de 10 dias. Escalas de safra!! Em seguidas, vêm as escalas dos compradores paulistas, que se abastecem no Estado vizinho.

Além da oferta elevada, o fraco desempenho do mercado atacadista tem dificultado a valorização, ou a sustentação, da arroba. No Rio de Janeiro e Paraná, por exemplo, a dificuldade na venda de carne levou os compradores a reduzirem significativamente o volume de abates diários, promovendo recuos, mesmo com escalas curtas (2 ou 3 dias).

Por fim, apesar das exportações recordes, a valorização do real deixou muito frigorífico descontente com a redução da margem de venda. Em 30 dias o dólar recuou 4%.

O momento “desfavorável” levou a alguns ajustes, porém prevaleceu ainda a estabilidade de preços. Nas praças onde as cotações caíram, a oferta tende a diminuir. Além do mais, a disponibilidade de animais terminados em pastejo deve começar a se ajustar ao período (entressafra), inibindo novos recuos.

Esse movimento já se mostra bem evidente em algumas regiões do Mato Grosso, como Barra do Garças, onde até 3 semanas atrás tinha muito boi de pasto sendo ofertado no mercado. A cotação da arroba do boi gordo nessa região acumulou alta de 6% nos últimos 60 dias (gráfico), reduzindo de 11 para 8% a defasagem em relação à cotação da arroba do boi gordo paulista.

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