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Análise Semanal – 26/03/03

Mesmo com a oferta de boi gordo ainda irregular, os compradores pressionam, e os preços recuam nas principais praças pecuárias.

O vilão da história é mesmo o atacado. As vendas de carne para o mercado interno praticamente estagnaram, e qualquer avanço nas programações de abate já é suficiente para tirar a sustentação dos preços das peças.

No decorrer do mês, o equivalente físico (48% traseiro + 39% dianteiro + 13% ponta de agulha), que simula o valor da arroba no atacado, acumulou baixa de 4%. No mesmo período, a cotação do boi gordo paulista recuou 2%, ou seja, a desvalorização da carne superou a do boi gordo em 2 vezes.

Na outra ponta, as exportações seguem quebrando recordes em volume e faturamento. Em fevereiro, a receita total com a venda de carne bovina no mercado internacional foi de US$110,70 milhões. Foram embarcadas 32,8 mil toneladas de carne industrializada e 71,2 mil toneladas de carne in natura.

Além da resistência do pecuarista em vender, o ótimo desempenho das exportações vem impedindo que a desvalorização do boi gordo se acentue.

Nesse contexto, o mercado volta as atenções para a guerra EUA x Iraque, pois a região do Golfo Pérsico absorve aproximadamente 20% da carne bovina brasileira que é exportada. Crescem as especulações a respeito da dificuldade dos navios desembarcarem a mercadoria (carne) na região, pois os portos estariam ocupados por embarcações militares.

Por enquanto é difícil atestar a veracidade das notícias. Porém, a ninguém interessa que essa carne volte e seja negociada internamente.

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