Após 3 semanas de mercado frouxo, parece que os preços vão alcançando um patamar de equilíbrio.
Contando com as boas condições das pastagens, o produtor passou a cadenciar mais a oferta. Primeiro, porque as cotações já recuaram muito. Segundo, porque boa parte prefere negociar na virada do mês, período tradicionalmente de mercado mais firme.
É verdade que algumas praças, como Goiânia (GO) e praticamente todo o Mato Grosso, seguem bem ofertadas, com programações de abate superiores a uma semana. Porém, na média, as escalas de abate não se estendem para mais de 5 dias.
Ainda assim, mesmo os compradores mais apertados resistem aos reajustes. Diminuem o volume de abates diários e/ou passam a trabalhar mais com vaca, cuja disponibilidade é maior. Assim, seguram os preços, chegando a ofertar um pouco mais por boiadas diferenciadas, localizadas próximas às plantas frigoríficas.
Em várias regiões do país tem indústria operando apenas com 60%, ou às vezes 50% da capacidade de abate.
O problema é o fraco desempenho do mercado atacadista. É verdade que os preços da carne pararam de cair, e agora até ameaçam uma reação (como de fato chegou a acontecer com o traseiro). Contudo, até o dia 28, o equivalente físico havia acumulado baixa de 5,6%, enquanto a cotação do boi gordo paulista, por exemplo, havia caído 2,5%.
Em São Paulo, por exemplo, aumentou o número de compradores que voltaram a trabalhar com R$60,00/@, a prazo, para descontar o funrural no boi gordo.