O mercado do boi gordo trabalha em ambiente firme para animais rastreados. Mesmo com as escalas se estendo, em alguns casos, para mais de 1 semana, os frigoríficos intensificam a pressão de compra.
Em São Paulo aumenta o volume de negócios a R$60,00/@, a prazo, para descontar o Funrural. Quem ainda não trabalha com esse preço no balcão, geralmente aceita pagar na negociação.
Em Minas Gerais e Goiás frigoríficos paulistas chegam a ofertar R$57,00/@, a prazo, livre de imposto. No Mato Grosso do Sul, na fronteira com São Paulo, tem negócio a R$58,50/@, a prazo, para descontar o Funrural. Sempre para o boi rastreado.
Ao que parece, os compradores estão preocupados em relação ao abastecimento de gado rastreado. Isso também ajuda na sustentação dos preços.
Não que as adesões ao SISBOV não estejam aumentando. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) já existem mais de 16 milhões de cabeças bovinas rastreadas no país.
O problema é que a coisa está congestionando. Algumas certificadoras não estão dando conta dos pedidos. Só os brincos estão atrasando entre 15 e 30 dias para chegar às propriedades. E tem também a tradicional falta de informação, aumento do período mínimo de monitoramento (90 dias a partir do final de maio), etc.
Diante de um mercado atacadista extremamente frouxo, sinalizando novos recuos para os próximos dias, as vendas externas e o SISBOV seguram as cotações da arroba neste final de safra.
No início de 2003 o boi gordo paulista era negociado a R$59,00/@, fechando abril em R$55,00/@, recuo de quase 7%. Já 2004 iniciou com um boi de R$61,00/@, também em São Paulo, chegando hoje a R$60,00/@ (gráfico), ajuste de “apenas” 1,6%.