O excelente desempenho das exportações, o aquecimento do atacado e a redução das ofertas de animais terminados têm sustentado alguns reajustes no mercado físico do boi gordo.
Em São Paulo as ordens de compra, para o boi rastreado, firmaram-se em R$62,00/@, a prazo, para descontar o funrural. Poucos frigoríficos trabalham com escalas excessivamente longas, acima de 7 dias. Mas, para isso, buscam gado fora do Estado, longe.
Para boiadas sul mato-grossenses, por exemplo, compradores paulistas ofertam R$61,00/@, a prazo, para descontar o imposto. Dentro do Estado os negócios se dividem em R$60,00 e R$61,00/@, nas mesmas condições.
No Triângulo Mineiro também foi registrado um reajuste de R$1,00/@ para o boi rastreado (gráfico). No Sul de Goiás correm negócios acima do preço referência e, no Paraná, as escalas de 3 dias pressionam os compradores.
A expectativa, para agosto, é de preços firmes.
O atacado trabalha num ritmo surpreendente. Ao longo da última semana o equivalente físico acumulou alta de 5%. Isso porque os exportadores têm priorizado as vendas internacionais, deixando o mercado doméstico enxuto. E as vendas estão sendo consideras razoáveis, acima do que seria esperado para o período.
A má notícia é a não isenção das alíquotas de PIS e Cofins sobre rações e suplementos minerais. De acordo com estimativas da CNA, a taxação de 9,25% sobre o sal mineral implica em um aumento de 1,3% dos custos de produção na pecuária de corte. Uma despesa da ordem de R$350 milhões ao ano.
Como se não bastasse, o preço médio dos sais minerais, de acordo com levantamento da Scot Consultoria, já aumentou 9% ao longo do primeiro semestre de 2004. Custos de produção em alta.