Mercado misto.
Do Mato Grosso para cima as ofertas de animais terminados seguem elevadas, sendo que alguns frigoríficos trabalham com escalas superiores a 10 dias. No Mato Grosso mesmo já foram registrados recuos de R$1,00/@ na maioria das praças, e o mesmo pode acontecer no Tocantins e no Pará.
No Centro-Sul do país o ambiente está mais equilibrado, principalmente depois dos ajustes registrados em São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Os produtores que começaram a suplementar os animais já demonstram certa resistência em vender nos atuais patamares. Inclusive, voltaram a ser registrados negócios acima do preço referência, com destaque para as regiões de Barretos (SP) e Campo Grande (MS).
É verdade que as programações de abate ainda podem ser consideradas longas. Atendem, em média, 7 dias. Contudo, dão sinais de que não irão avançar mais tão facilmente. A tendência é de preços estáveis.
Já no extremo Sul – Santa Catarina e Rio Grande do Sul – a entressafra chegou com força. Há pouco gado disponível para abate, sustentando correções positivas (veja gráfico abaixo). A expectativa, ao menos para curto/médio prazo, ainda é de alta.
Já o mercado interno não vai nada bem. Em 1 semana o equivalente físico acumulou baixa de 3,14%. Sua defasagem em relação à cotação da arroba do boi gordo rastreado está em 24,23%, sendo 21,66% na comparação com o boi não rastreado. É muita coisa
Ainda assim, a expectativa é de aquecimento para a virada do mês, em função do pagamento dos salários. A notícia da suspensão do embargo russo já ajudou um pouco, e o traseiro teve força para recuperar os R$0,10/kg perdidos ontem (terça-feira, dia 29).