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Análise Semanal – 30/07/03

A dificuldade de compra é grande.

As programações de abate atendem em média 3 ou 4 dias, com falhas e forte redução dos volumes de abates diários. Algumas unidades estão trabalhando com menos de 50% de suas capacidades. Outras já decretaram férias coletivas.

Diante da forte redução das ofertas de animais terminados, o mercado físico do boi gordo opera em ambiente extremamente firme.

No decorrer de julho, na média das 25 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, a cotação do boi godo acumulou alta de 2%. Destaque para as regiões de Belo Horizonte (MG), Dourados (MS) e Erexim (RS), todas com aumentos de 6%.

Gráfico: cotação média do boi gordo (em julho) nas 25 praças pesquisadas

É preciso levar em consideração que a cotação do boi gordo catarinense despencou 10% somente em uma semana – em função da abertura da fronteira do Estado para a entrada de carne bovina com osso de outras regiões – segurando a valorização média calculada.

Em geral, os compradores relatam que ainda não conseguem animais rastreados em número suficiente, mas também são unânimes em dizer que adesão ao SISBOV está aumentando.

No começo do ano as estimativas apontavam para algo próximo a 1,5 milhões de animais rastreados, iniciando o segundo trimestre em 2,5 milhões. Há algumas semanas o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) apontou que já haviam 4,7 milhões de bovinos rastreados, e hoje a Abiec (Associação das Indústrias Exportadoras de Carne) acredita em 6 milhões.

Já se fala em 10 milhões de bovinos cadastrados no SISBOV até o final do ano.

Acontece que apenas 1 milhão de animais rastreados já estariam em condições de abate. Além do número ainda ser pequeno, e pulverizado, os produtores os retêm em engorda, esperando conseguir algo a mais pela arroba.

Por enquanto os compradores mantêm a estratégia de aplicar um deságio, entre R$1,00 a R$3,00/@, na compra de boi não rastreado. Ainda assim, se for para colocar carne no mercado interno, a preferência é por fêmeas.

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