Análise semanal – 31/05/2006

O mercado do boi gordo teve uma semana de alta, com valorização de 1,1% do indicador Esalq/BM&F. O dólar se desvalorizou 4,2% desde 24/05, influenciando negativamente os contratos futuros. Para outubro/06, a BM&F indica valor de R$ 58,28/@, queda de 1,55%.

O indicador Esalq/BM&F para bezerro também se valorizou, fechando a quarta-feira em R$ 369,64. A relação de troca atual é 2,18, contra 2,16 há uma semana, primeira mudança inversa a tendência que se observa desde o início do ano, com redução da relação de troca. No ano, a relação de troca acumula redução de 13,7%.

No mercado futuro, a semana foi de queda de preços, acompanhando a redução da cotação do dólar, que fechou o dia 24/05 (quarta-feira passada) a R$2,37. Os contratos de setembro/06 e janeiro/07 tiveram redução de mais de R$1,00/@. Na tabela abaixo pode-se observar as reduções de todos os vencimentos.

Tabela 1. Contratos futuros de boi gordo

Fonte: BM&F, elaboração BeefPoint

No mercado físico, nas 24 praças levantadas pelo Instituto FNP, houve valorização em Porto Alegre/RS, Araguaína/TO e Cacoal/RO, estabilidade em 16 praças e redução de preços em cinco regiões.

Fonte: Esalq/BM&F e Instituto FNP, elaboração BeefPoint

No mercado atacado da carne bovina, segundo o Boletim Intercarnes, houve melhora na procura por dianteiro (que se refletiu nos preços). Apesar disso oferta ainda é superior à procura, mas sem excedentes expressivos como vinha sendo observado no começo dessa semana e na semana passada, confirmando a expectativa de melhores preços no início de mês.

Gráfico 1. indicador Esalq/BM&F e equivalente físico

Fonte: Esalq/BM&F e Boletim Intercarnes, elaboração BeefPoint

Há uma expectativa no mercado, de melhora no consumo interno, com o início do mês, que pode impactar positivamente nos preços do boi gordo. Com o início da copa do mundo, espera-se um aumento ainda mais significativo no consumo de carnes.

Segundo dados do IBGE divulgados ontem, o PIB brasileiro cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2006. Os maiores gastos das famílias brasileiras contribuíram para esse aumento.