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Análise semanal do mercado – 02/01/03

Nos últimos dias de 2002 e nos primeiros de 2003, houve a manutenção do preço da arroba do boi gordo na maioria das praças pecuárias. As exceções ficaram por conta de Minas Gerais (Triângulo Mineiro e Belo Horizonte), região Sul de Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, onde ocorreram recuos, e no Pará – região de Marabá, onde foi registrada a única correção positiva dos últimos dias, passando a R$47,00/@.

A maior queda foi registrada no Rio Grande do Sul, cujo preço recuou 2,78%, passando de R$1,80 para R$1,75/kg.

As escalas de abatem atendem a três dias, em média, o que poderá fazer com que o mercado abra a semana do dia 6 de janeiro (que será realmente a primeira semana de trabalhos), mais aquecido, podendo até ocorrerem reajustes positivos na cotação do boi.

O mercado atacadista, porém, poderá atrapalhar esta expectativa. O resultado das vendas, em função das festas de final de ano, principalmente do Reveilon, ficaram abaixo do esperado.

Mesmo com a menor firmeza, o mercado atacadista manteve as cotações nos primeiros dias de 2003, já que o equivalente físico (que é calculado considerando 48% de traseiro, 39% de dianteiro e 13% de ponta de agulha) passou de R$47,72 para R$47,13/@ na semana derradeira de dezembro. O que foi um dos maiores diferenciais entre o valor deste equivalente e o valor da arroba do boi gordo.

Com a arroba em R$59,00 (SP) e o equivalente em R$47,13, houve um diferencial de R$11,87, que só foi superado no início de dezembro do ano passado, quando a necessidade de compra pelos frigoríficos foi tamanha que este diferencial chegou aos R$13,00. Esse cenário, no entanto, durou apenas alguns dias. No restante do ano o diferencial sempre esteve abaixo dos R$10,00.

Além das vendas das carnes não estarem boas, o valor do couro, outro fator de receita dos frigoríficos, piorou no final de 2002.

O do quilo do couro verde que era negociado em R$2,55, passou a R$2,35, um recuo de R$0,20, que em termos porcentuais representou 7,8%.

Tal variação representou uma queda no faturamento de R$8,00 por boi vendido, além dos R$9,65, representados pelo recuo de R$0,10 no valor do dianteiro, resultando em R$17,65 a menos por boi, ou 1,7% do Equivalente Scot, índice que leva em consideração não só o valor de venda da carne no atacado, mas também o valor do couro e do sebo.

O que pesará mais na balança (escalas curtas ou atacado fraco), para a definição do preço da arroba dependerá muito dos compromissos dos frigoríficos nos primeiros dias do ano e da evolução das compras nos dias 2, 3, 6 e 7 de janeiro.

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