As programações e abate variam muito e o mercado do boi gordo opera de forma heterogênea.
Em algumas regiões do Pará, Mato Grosso e Paraná por exemplo, as programações de abate ainda são curtas, atendendo em média 3 ou 4 dias no máximo, pressionando os compradores e mantendo o mercado firme.
Em outras como São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro, alguns frigoríficos já conseguiram avançar as matanças para 5 ou 6 dias adiante, dando início aos recuos.
É verdade que houve um ligeiro aumento na oferta de animais terminados, porém grande parte desse avanço pode ser creditada à diminuição da intensidade de chuva (minimizando problemas de embarque e transporte) e principalmente à redução da pressão de compra, em função do fraco desempenho do mercado atacadista.
Contrariando as expectativas mais otimistas, não houve aumento no consumo de carne, mesmo com a volta às aulas e pagamento dos salários. Como a oferta aumentou um pouco, os preços não se sustentaram.
Somente nesse início de mês o equivalente físico (48% traseiro + 39% dianteiro + 13% de ponta de agulha) já acumula baixa de 2,7%.
O fato leva os compradores de gado a repensarem suas posições, sinalizando novos recuos. Resta saber se o produtor aceitará negociar nos novos patamares.