Confirmando a tendência, o movimento de baixa perdeu força e o mercado do boi gordo voltou a operar em ambiente firme.
As programações de abate atendem em média 4 a 5 dias, porém existem compradores trabalhando mais ajustados, principalmente em São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Paraná.
Como conseqüência, foram registradas correções positivas em algumas praças, contudo como a maioria dos compradores já buscam animais para morrer no início da próxima semana, os preços tendem a permanecer basicamente estáveis no curto prazo.
É grande a corrida em busca de animais rastreados. Desde o dia 2 deste mês, toda a carne bovina brasileira com destino à Europa deve ter certificado de origem.
Até o final de setembro o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) irá permitir que a rastreabilidade seja feita no pré-embarque dos animais a serem abatidos, sem muita burocracia. Assim, alguns frigoríficos que vêem arcando com os custos do processo estão conseguindo abater um volume razoável de rastreados.
Na outra ponta, no Paraná, algumas plantas estão praticando deságio de R$1,00/@ na compra de animais não rastreados. Tal política, como era de se esperar, tem levado à uma quebra acentuada no ritmo dos negócios.
É preciso lembrar que apesar de representar apenas de 10 a 15% do que o país produz, as exportações têm influência marcante no mercado interno, o que pode ser observado pelo comportamento dos preços do atacado.
Tomando como exemplo o mercado paulista, enquanto o dianteiro, de reduzida demanda externa, desvalorizou-se em 12% em duas semanas, o traseiro, que responde pelo grosso de nossas exportações, manteve-se estável durante o mesmo período.