O mercado do boi gordo volta a trabalhar em ambiente firme e em alta.
A reduzida oferta de animais terminados em pastejo, diante do aquecimento do mercado atacadista, sustentou as valorizações.
Em apenas uma semana, foram registradas correções positivas significativas em várias praças. Destaque para a região Sul de Goiás e para o Rio Grande do Sul, onde foram pontuados ajustes de 5 e 6% respectivamente.
As programações de abate atendem em média 3 a 4 dias, sendo que em Goiás, São Paulo e Minas Gerais, há quem precise de animais para entrega quase imediata.
Mesmo nas praças localizadas mais ao Norte do país, onde a oferta de animais apascentados é considerada razoável, os produtores passaram a reter o gado em engorda, e o mercado também é firme.
Em geral há pouco animal terminado disponível no mercado, e a expectativa de alta leva à retenção dos mesmos em engorda, agravando o quadro de oferta reduzida. Além do mais, o aumento do dólar e da inflação são outros fatores que favorecem a valorização da arroba.
Os compradores voltaram a reduzir o volume de abates diários e o esforço no sentido de impedir que a cotação da arroba retorne ao patamar de meados de novembro, quando chegou a R$60,00 em São Paulo, é grande.
Contudo, com atacado voltando a operar enxuto e com a necessidade de atender os contratos de exportação, a pressão de compra aumenta, e a possibilidade de que ocorram novas valorizações é real.