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Análise semanal do mercado – 12/02/03

Na semana passada, por conta de um ligeiro aumento de oferta e diminuição da pressão de compra, as programações de abate alongaram um pouco, levando à desvalorização do boi gordo em algumas praças.

Porém, os produtores se recusaram a negociar nos novos patamares. As escalas encurtaram novamente, dando início a uma queda de braço.

Os compradores pressionam para baixo, alegando que não há como repassar os custos de aquisição do boi gordo para a carne.

A verdade é que o equivalente físico (48% traseiro + 39% dianteiro + 13% ponta de agulha) acumula este mês uma queda de 5,7%, contrariando as expectativas de aumento de consumo de carne com a volta às aulas e pagamento de salários. Conforme corre o mês, o consumidor vai se descapitalizando, agravando ainda mais a situação.

Em contrapartida, as exportações avançam e o dólar ao redor de R$3,60 é extremamente favorável aos exportadores. O produtor sabendo disso e amargando um constante aumento nos custos de produção, retém os animais em engorda.

Assim, o mercado opera equilibrado, com preços estáveis, sendo registradas alterações pontuais (para cima ou para baixo), mas que não indicam uma tendência.

É sabido no entanto que, conforme avança a safra, aumenta a vontade dos compradores de derrubarem os preços. Essa pressão baixista é especialmente forte em São Paulo e Minas Gerais.

Por hora, com programações de abate que atendem em média 3 a 4 dias, não há muito espaço para recuos.

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