A dificuldade de compra é cada vez maior, levando a correções positivas seguidas em várias praças pecuárias.
Apesar dos reajustes, as programações de abate não avançam, atendendo em média 3 dias, o que mantém a pressão de alta.
Compradores maiores intensificaram suas buscas em outros Estados, acirrando a concorrência e pressionando ainda mais os mercados locais. Muitos passaram a não trabalhar a toda capacidade, sendo registradas falhas em dias de abate no Mato Grosso do Sul e Goiás.
Em apenas uma semana, a valorização média da arroba do boi gordo nas 24 praças levantadas pela Scot Consultoria foi de 2,20%. Em São Paulo, no mesmo período, chegou-se a 2,74%.
O atacado, mesmo com a tradicional retração do consumo de carne a partir da segunda quinzena do mês, ainda operou em alta, pois o abastecimento permaneceu deficitário. Como conseqüência, o equivalente físico (48% traseiro + 39% dianteiro + 13% ponta de agulha) reagiu 1,44%.
A especulação e a turbulência política/econômica tornam difícil a realização de uma análise de longo prazo. Contudo, apostando na continuidade do atual momento econômico, com o dólar próximo de R$4,00, a tendência é que o mercado do boi gordo mantenha-se firme até o final do ano, uma vez que a oferta de animais terminados deverá se manter restrita até lá.