Com a ajuda dos feriados – que permitiram ganhar de 2 a 4 dias de escala – e da redução do volume de abates diários, a maior parte dos frigoríficos conseguiu estender suas matanças até a primeira semana de janeiro, levando à desvalorização do boi gordo.
O fraco desempenho do mercado atacadista, em razão do reduzido poder de compra da população e da concorrência com as carnes mais tradicionais do período, estimulou a ação.
A cotação da arroba do boi gordo caiu nas principais praças pecuárias brasileiras. Em geral, os ajustes foram da ordem de R$1,00/@.
Contudo, o ritmo dos negócios diminuiu significativamente a partir do dia 23, o que já era esperado. A ausência do vendedor promete dificultar a evolução das compras até a segunda semana de janeiro.
Assim, o mercado do boi gordo pode voltar a operar em ambiente firme a partir da próxima semana. É válido lembrar também que a oferta de animais terminados a pasto ainda é irregular na maioria das praças pecuárias.
O atraso da safra do boi gordo, além da forte desvalorização do Real frente ao dólar e do aumento das exportações, permitiu que o boi gordo registrasse uma valorização média (em valores nominais) de 22% este ano. O valor refere-se à média da alta acumulada do boi gordo em 24 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, do Rio Grande do Sul à Paragominas (PA).
Somente em São Paulo, a alta acumulada foi de 24%, conforme pode ser observado no gráfico abaixo.