No seminário “Perspectivas para o Agribusiness em 2006 e 2007”, analistas disseram acreditar que o setor de pecuária de corte bovina deve passar por melhoras no futuro.
De acordo com o diretor de carnes da Coimex, Jerry O’Callaghan, o preço médio da carne in natura no mercado internacional – em torno de US$ 2,2 mil por tonelada – vem mostrando tendência de aumento. “No primeiro trimestre, tivemos incremento de volume em relação ao primeiro trimestre do ano passado e, não havendo acidente, os preços e as exportações devem aumentar”, afirmou.
Ele estima que as exportações de carne in natura devem atingir 1,8 milhão de toneladas (equivalente-carcaça) este ano e as de industrializada, 550 mil toneladas (equivalente-carcaça). O volume total, de cerca de 2,4 milhões de toneladas, significa um crescimento de 15% sobre 2005.
Um mercado promissor, em sua opinião, é o Egito. Apesar do decréscimo nas exportações para o país no primeiro trimestre, as vendas para aquele mercado ainda podem crescer 30% até o fim do ano.
Outro mercado que pode crescer é a União Européia devido ao déficit de oferta da Argentina, a alta do poder aquisitivo no bloco e a valorização do euro, enumerou o especialista. Além disso, a própria política agrícola do país, que reduziu subsídios à produção também abre mercado para a carne brasileira.
O economista da Tendências Consultoria, Amaryllis Romano, acredita num cenário mais positivo, mas reconhece que o mercado externo é a “salvação” do produto. Romano projetou um aumento da demanda das três principais carnes – bovina, suína e de frango – para 86,7 quilos per capita este ano, contra 83 quilos per capita em 2005.
As informações são do jornal Valor.