Os animais que forem comercializados na Expointer 2002 não precisarão cumprir o período de quarentena na propriedade de origem após a venda. A informação é do presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto. Segundo ele, a garantia da realização da medida foi informada ontem, pelo ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes. “No lugar da quarentena, os bovinos terão um acompanhamento veterinário prévio que será feito a partir do momento da inscrição para a feira”, explica.
Na avaliação do dirigente, além de gerar uma expectativa de crescimento do volume de vendas na exposição, a decisão é uma forma de atestar a qualidade sanitária dos animais participantes. “A não realização da quarentena será um obstáculo a menos para o Estado recuperar as perdas resultantes da aftosa e é um incentivo a mais principalmente para os compradores da Região Centro-Oeste do País”, ressalta. De acordo com ele, os animais comercializados serão submetidos a 14 dias de quarentena na propriedade de destino e a mais uma sorologia. “Com esses procedimentos não estaremos desrespeitando nenhuma regra da Organização Internacional de Epizootias”, destaca.
Segundo o presidente da Farsul, ainda existe a possibilidade de que todos os bovinos inscritos na Expointer participem do Sistema Integrado de Rastreabilidade Bovina (Sirb). “Uma reunião ainda nesta semana entre a Secretaria e o Ministério da Agricultura deverá definir os procedimentos técnicos da medida”, informa Sperotto.
Para o presidente da Federação Brasileira das Associações dos Criadores (Febrac), José Paulo Cairoli, a Expointer 2002, que acontecerá de 24 de agosto a 1º de setembro, passa a ser vista com outro tipo de expectativa. “Debatíamos a questão há dois meses com o ministério e agora aguardamos as determinações que precisarão ser cumpridas pelos proprietários”, conclui.
O secretário da Agricultura em exercício, Carlos Guedes, afirma que não recebeu nenhum comunicado oficial do ministério sobre a questão. “Só emitiremos uma opinião técnica após a comunicação do ministro Pratini de Moraes. Entretanto, estamos prontos para discutir a medida para abreviar o tempo de recuperação do status sanitário do RS”.
O delegado federal do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, Flavio Vaz Netto, informou, por meio da assessoria de imprensa, que apenas se manifestará sobre o assunto após o pronunciamento oficial do ministro.
Fonte: Jornal do Comércio/RS, adaptado por Equipe BeefPoint