Em função do início do período chuvoso, que dificulta o acesso à região da Ilha do Bananal (TO), a 2a etapa da vacinação contra a febre aftosa, programada para o início de novembro, foi antecipada pelos técnicos das equipes de Defesa Animal dos estados de Goiás, Mato Grosso e Tocantins. A Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) deslocou três equipes, num total de seis pessoas que iniciam hoje o trabalho que envolve a vacinação de 54 mil animais, aproximadamente, distribuídos na região.
Segundo o diretor de Defesa Agropecuária da Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário (Agenciarural), Hélio Louredo, em função da cheia dos rios Javaé e Araguaia, a intenção é que o trabalho se concretize até o dia 15 de novembro. Além de 8 mil doses de vacinas (4 mil delas concedidas pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e 4 mil repassadas pela Secretaria da Agricultura e pela Agenciarural), Goiás disponibilizou 10 pessoas entre vacinadores, médicos veterinários, técnicos agrícolas e auxiliares para trabalhar na campanha. As demais doses, de acordo com Louredo, deverão ser obtidas pelos próprios criadores.
Para as comunidades indígenas do Mato Grosso, serão enviadas cerca de 5 mil doses de vacinas, requeridas pelo Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa) junto aos laboratórios, a título de doação. De acordo com a direção da Fefa, caso tal pedido não seja atendido, a entidade obterá as doses com recursos próprios.
O objetivo do controle de aftosa na Ilha do Bananal é evitar que os estados que fazem divisa com a Ilha tenham seus rebanhos ameaçados pela ausência de vacinação na mesma. A região da ilha é classificada como zona de risco desconhecida, sendo que os animais no seu interior só podem ser deslocados em caminhões lacrados e com rotas definidas.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Rejane Braz e Francisca Medeiros), adaptado por equipe BeefPoint