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Apesar do aumento dos preços, demanda aumenta na Argentina

O consumo de carne bovina na Argentina mostra uma recuperação significativa em relação a 2002 e 2003. Este fenômeno, no entanto não quebra a tendência descendente dos últimos anos. A Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da República Argentina (Ciccra), em seu informe de julho, menciona que o aumento da demanda interna responde ao crescimento da ocupação e da massa salarial.

Nos primeiros cinco meses de 2004, o consumo de carne na Argentina aumentou 5,8%, enquanto a produção cresceu entre 7% e 8%. O especialista do setor, Ignacio Iriarte, disse que o aumento no consumo de carnes ocorreu antes do aumento da renda dos argentinos, em 2003. Segundo ele, o preço da carne antes da crise era de pouco mais de 3 pesos (99,66 centavos de dólar) por quilo e, agora, está em mais de 6 pesos (US$ 1,99).

Para Iriarte, o nível de consumo é chamativo porque se dá em um contexto de preços mais altos. Segundo ele, a explicação disso está na cultura que existe no país com relação ao consumo de carnes. “A carne faz parte de festas, reuniões sociais. O argentino tem uma paixão pela carne e é um consumidor sofisticado deste produto”.

Conforme o ano avança, a recuperação se torna mais lenta: nos primeiros cinco meses de 2004, a demanda interna cresceu 5,8% com relação ao mesmo período de 2003. No entanto, até o primeiro trimestre, o crescimento interanual tinha sido de 11,7%. Segundo a Ciccra, esta desaceleração também se reflete no consumo de carne bovina por habitante que, até o primeiro trimestre, exibia um crescimento interanual de mais de 10%, reduziu para 4,7% nos primeiros cinco meses e ficou em 60,4 quilos anuais per capita.

Fonte: La voz del interior, adaptado por Equipe BeefPoint

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