Na opinião do presidente da Associação de Proprietários Rurais de Mato Grosso (APR-MT), Ricardo Borges Castro Cunha, a solução para a crise é o investimento em uma campanha de incentivo ao aumento no consumo da carne bovina, na divulgação da qualidade da carne e, principalmente, a união dos pecuaristas para que possam ter poder de barganha. “Estão surgindo em várias partes do Brasil as Bolsas de Comercialização do Boi, o que ajudará a regularizar o preço da arroba. Em Mato Grosso é a APR-MT que coordena a implantação da Bolsa. Mas o processo é lento, porque, na verdade é uma mudança de cultura, mas que aos poucos está sendo implantado”, destaca.
O pecuarista e associado da APR-MT, Luis Roberto Zillo, que cria na região de Cáceres, endossa a opinião de Castro Cunha, e acrescenta: “além da união, o pecuarista precisa se profissionalizar. Saber sua produção mês a mês auxilia muito na hora de vender os bois”, destaca,
Em três anos, o rebanho de Mato Grosso registrou crescimento anual de 12%, ou seja, um aumento de cerca de 2,5 milhões de cabeças por ano, levando em consideração um rebanho total de cerca de 25 milhões de animais.
Além do preço baixo da arroba do boi, os frigoríficos de Mato Grosso estão com escala de até 20 dias “Isso prejudica ainda mais o pecuarista que só recebe 30 dias depois que entrega o boi no frigorífico”, destaca o diretor executivo da Associação de Proprietários Rurais de Mato Grosso (APR-MT), Paulo Resende. “Não podemos esquecer dos encargos e impostos que pagamos sobre o nosso produto, o que também não é barato. Além disso, se o criador quiser receber na hora tem que pagar cerca de 9% de encargos”, explica o presidente do sindicato rural de Cáceres, Amarildo Merotti.
Fonte: Assessoria de imprensa da APR-MT, adaptado por Equipe BeefPoint