Aprovação do modelo de otimização é uma das maiores mudanças do MSA em uma década

O programa Meat Standards Australia (MSA) deu um dos maiores passos em uma década, após a aprovação de um modelo de otimização que inclui uma série de vantagens de desempenho para processadores que querem implementar o sistema.

O novo modelo de Otimização foi endossado pelo comitê de direção do MSA e será executado progressivamente nos próximos meses. A Otimização do MSA permitirá que os processadores usem uma ferramenta de classificação de carcaça muito mais eficiente. Uma série de benefícios na cadeia de fornecimento foi identificada, que são os principais direcionadores da adoção desse novo conceito pelo MSA, :

– Os testes claramente demonstraram um aumento no número de cortes do MSA que podem ser obtidos de uma carcaça típica, comparado com o atual modelo de classificação de carcaças do MSA denominado Boning Groups padronizado. No caso dos testes nas plantas do norte de New South Wales e Queensland, os processadores foram capazes de obter pelo menos um corte extra elegível para MSA de cada carcaça. Ao permitir que os processadores adaptem sua ferramenta de classificação de carcaça sob o modelo de otimização, o sistema permitiria que eles obtivessem uma classificação de 3 estrelas do MSA para o topside roast com cinco dias de maturação, o que eles não poderia fazer sob a atual plataforma existente.

– Outro grande beneficio é o aumento no número de cortes de 4 e 5 estrelas disponíveis. Pela mesma razão acima, as combinações de cortes que não se encaixam nas classificações de 4 ou 5 estrelas no atual sistema padronizado podem frequentemente ser retiradas por outra combinação que não é relevante para o processador envolvido. Os testes de otimização mostraram um animador aumento de 18% no número de cortes MSA com 4 e 5 estrelas disponíveis. Progressos como esse terão um valor significante para os donos de marcas com MSA e aqueles que desejem mais diferenciação de seu produto baseado em um maior nível de qualidade ao consumo.

– Por fim, o modelo de otimização expôs potencial para redução de dias de maturação, que tem um valor comercial considerável. O inventário ficando armazenado mais tempo que o necessário é um custo considerável aos processadores MSA e gestores de marcas.O modelo de classificação de grupo padronizado existente sempre trabalhou com o princípio do “menor denominador comum” com relação à maturação. De acordo com os testes recentes, quatro cortes mostraram necessidade entre 7 e 16 dias menos, no requerimento de maturação, comparado com o sistema existente.

Tudo isso significa que a ferramenta de otimização classificará a típica carcaça MSA de uma maneira mais efetiva. As carcaças que anteriormente teriam seu valor minimizado pelo atual sistema de padronização terão capacidade de ter mais cortes, com classificação de 4 e 5 estrelas e um reduzido requerimento de maturação.

De acordo com o presidente do comitê diretor do MSA, Scott Hansen, tudo é sobre criar uma oportunidade de extrair mais valor de cada animal ou reduzir os custos na cadeia de fornecimento, esse é um passo muito significativo na evolução do MSA. Aqueles processadores que desejarem continuar usando os atuais grupos como uma forma de descrever o produto, poderão continuar fazendo, mas para outros, o modelo de otimização apresenta uma série de avanços animadores e potencialmente valiosos sobre o atual sistema do MSA.

O novo modelo é flexível suficiente para os processadores selecionarem como querem que as carcaças MSA sejam classificadas. Todo o gado elegível para o MSA continuarão sendo classificados da mesma forma, usando 136 combinações corte-preparo (cut-by-cook). O modelo de otimização trata-se de como a carcaça é classificada para o processo dos boning groups.

Então, o que significa ao produtor se os processadores estão obtendo mais cortes no sistema MSA do que faziam anteriormente? Mais cortes 4 ou 5 estrelas que tinham anteriormente e menos tempo de maturação aos processadores? O atual sistema padronizado de boning groups trabalhou bem pelos últimos 14 anos, mas o que o modelo de otimização permite ao usuário é analisar quais cortes, quais métodos de preparo e qual nível de qualidade de consumo o processador requer e, então, classificar as carcaças elegíveis para o MLA em grupos que maximizem a obtenção desses cortes.

Pelo atual sistema, os grupos (boning groups) 1-18 são distribuídos calculando 136 combinações cut-by-cook, independentemente se o processador requer todas essas combinações. Isso significa que a combinação que o processador não usa de fato como um item MSA, pode reduzir a classificação da carcaça para um grupo mais baixo, quando não existe de fato intenção de vender esse item como MSA.

Essas vantagens acima citadas se traduzirão em maiores prêmios ao gado MSA para os produtores? Ainda é muito cedo para dizer, mas se os processadores MSA podem extrair um maior valor de carcaça, pelo menos há chances de isso acontecer também com o produtor.

A reportagem é do Beefcentral.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.