Aprovado Sistema de Classificação de Carcaças

Aprovado na reunião dos membros da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne, com o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do MAPA, Nelmon Oliveira da Costa, no último dia 28, o Sistema de Classificação de Bovinos, conhecido no setor pecuário como Sistema de Classificação de Carcaças, o qual passará a ser obrigatório em todo o território nacional a partir do primeiro dia do ano que vem.

O projeto começa a vigorar após a assinatura do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Rodrigues, que deverá ocorrer no próximo dia 3 de maio. Até 31 de dezembro de 2004, a adesão dos frigoríficos será voluntária. Segundo o presidente da Câmara, Antenor Amorim Nogueira, esse prazo foi solicitado por entes da cadeia pecuária para adequação às normas, treinamento dos classificadores, credenciamento das universidades que prepararão os mesmos e para que as entidades de classe se organizem para prestar o serviço ao produtor.

Os classificadores serão funcionários da iniciativa privada, credenciados no Mapa. Seu trabalho será fiscalizado pelos agentes do SIF. Ainda não há clareza sobre qual elo da cadeia será o responsável pela remuneração dos profissionais. “O produtor que tiver interesse em ter seu gado classificado poderá assumir esse custo. Os frigoríficos já fazem a classificação hoje, porém esse dado não chega ao pecuarista e ele fica sem a informação do que ele está vendendo ou de que mercado pode atingir”, explica o presidente.

Segundo ele, agora o produtor terá conhecimento de tudo sobre a carne que está vendendo “e poderá negociar seus animais com o frigorífico em melhores condições”. Nogueira explica que com a identificação da qualidade da carne produzida pelo pecuarista, a remuneração paga a ele ficará sujeita às nuances de mercado. “Isso abrirá uma porta de negociação ao frigorífico e premiará, logicamente, aquele que cria e produz melhor”, aposta.

O dirigente acredita que a adesão total será rápida, já que esse sistema já é adotado pelo frigorífico e o que faltava era essa informação chegar ao produtor. “Essa é uma evolução dentro da pecuária nacional, o criador que estiver produzindo com qualidade tem o direito de receber um “plus” sobre esse produto, não é verdade?”, questiona.

O Sistema será integrado com o Sisbov. “Esse sistema de classificação vem complementar tudo que a pecuária precisa para cumprir exigências internacionais e dar condições de melhoria da carne para as exportações, sendo um complemento da rastreabilidade”, afirma o presidente. Nogueira explica que a identificação do Sisbov feita pelo frigorífico se dá pela identificação de lotes diários, os quais tem uma numeração. O número de lote dos abates do dia será a numeração incorporada às peças dos bovinos abatidos naquele dia para a identificação de cada carcaça.

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Fonte: Paulo Roberto Brino Mattus, adaptado por Equipe BeefPoint